5º Dia

Quinta, 21/06/2018


Chichén Itzá, Ik Kil e Valladolid

O passeio previsto para hoje, é muito longo.
Por esta razão, saímos mais cedo.

Pequeno almoço tomado, partimos em direção a Chichén Itzá.

Desta vez, usámos o nosso


conforme apresentado no post do 3º Dia
 ItinerárioChichén Itzá ◈ Ik Kil ◈ Valladolid 

Estas visitas, poderiam ter sido feitas evitando portagens.
Para tal, teríamos de usar estradas secundárias, que atravessam várias povoações e consequentemente limites
de velocidade mais baixos, o que atendendo à extensão do percurso,não seria aconselhável pois, levaríamos muito mais tempo.
Assim, a nossa opção, foi a de usarmos o trajeto que incluía a auto-estrada 180D.


⟹ o valor pago no posto de portagem "TINTAL" foi de 254 MXN/sentido;
⟹ o valor pago no posto de portagem "CHICHEN-ITZA" foi de 75 MXN;
⟹ resumindo, Total pago = 583 MXN (ida e volta).


Ao percorrermos a autoestrada, perto da região de X-Can, fomos convidados a parar numa zona de serviço,
onde existe um "Ponto oficial de Informação Turística".

Neste local, para além do mapa gratuito, adquirimos um "Pacote" que inclui:
  1. os ingressos para a "Zona Arqueológica de Chichén Itzá",                                                                            a preço oficial, evitando assim as filas da bilheteira;
  2. estacionamento privilegiado gratuito, com acesso direto à zona arqueológica;
  3. os almoços em restaurante buffet;
  4. os ingressos para o Cenote Ik Kil.

(Os pontos 1,2 e 3 são uma parceria com o The Lodge at Chichén Itzá,
que tem uma entrada privativa para a zona arqueológica)


⟹ o ingresso na "Zona Arqueológica de Chichén Itzá" foi de 254 MXN/pessoa;
⟹ o almoço buffet, sem bebidas, no The Lodge at Chichén Itzá foi de 295 MXN/pessoa;
⟹ o ingresso para o Cenote Ik Kil foi de 80/ MXN/pessoa;
⟹ resumindo, Total do Pacote = 125MXN (2 pessoas).

✫ Concluindo, com este pacote, apesar de um pouco mais caro, ✫
ganhamos tempo, comodidade e qualidade.


Prosseguimos o nosso trajeto e passado o segundo posto de portagem, saímos em direção a Pisté.
Atravessado o povoado de Pisté, apanhamos a estrada 180 no sentido de Valladolid.
Mais à frente, acabamos por encontrar à direita, o acesso para o The Lodge at Chichén Itzá.

Realizado o controle à entrada, fomos encaminhados para o parque de estacionamento privativo.
Imediatamente, fomos amavelmente recebidos por um funcionário, que nos deu as boas vindas e todos os esclarecimentos necessários.

The Lodge at Chichén Itzá




Inserido em plena floresta tropical,
bem junto ao parque arqueológico,
de uma beleza perfeitamente relaxante,
este local, seria o ponto de partida,
para a visita que se iria seguir.



Para tal, procedermos à troca
dos vouchers adquiridos,
pelos ingressos oficiais.



Seguidamente, fomos por um curto acesso,
que nos conduziu a uma entrada privativa e exclusiva para
A mais visitada da península de Yucatán!



Mapa da Zona Arqueológica de Chichén Itzá


A cidade maia de Chichén Itzá, situa-se no centro-norte da Península de Yucatán.
Foi um dos maiores centros urbanos, da era pré-colombiana,  
A sua origem remonta por vota de 150 a.C., e o seu declínio perto de 1200 d.C.
Durante este período, teve dois pontos altos de desenvolvimento, um em 550 d.C e
outro por volta de 987 d.C., quando se converteu na capital dos Itzáes.


Neste local arqueológico, encontramos construções de dois estilos arquitetónicos:
  • até 700 d.C., dominava o estilo maia Puuc tradicional da região de Yucatán;
  • após 900 d.C., com a chegada dos Itzáes, prevaleceu o estilo Maya-Tolteca.


Percorrido um caminho repleto de vendedores ambulantes, chegámos ao "Conjunto de Las Monjas" (Freiras).
Complexo arquitetónico, que deve o nome aos espanhóis, derivado aos muitos quartos que o compõem,
fazendo lembrar mais um convento, do que um palácio.



A Igreja / Ao fundo Complexo das Freiras
Edifício de estilo Puuc (800 - 900 d.C.), cujo nome deriva da proximidade ao "Complexo das Freiras".


Templo dos Painéis Esculpidos
A Este, a fechar a praça das Monjas (Freiras), temos o "Templo dos Painéis Esculpidos", no estilo Maya-Tolteca.
O nome do templo, resulta dos painéis que ilustram as paredes Norte e Sul, com cenas de guerreiros presidindo
a cerimónias de fertilidade e vida.


Observatório o Caracol
De seguida, podemos admirar as ruínas da estrutura do centro astronómico de observação, o "Caracol".
Datado de 906 d.C., é constituído por uma grande plataforma retangular, na qual se apoia um segundo corpo e uma torre de observação cilíndrica de três corpos, com uma escada interior em caracol. 


Plataforma de Vénus
Plataforma, semelhante a uma outra com o mesmo nome, que iremos encontrar na Grande Praça.
A sua função provável, era servir de palco em cerimónias rituais e danças.

O Ossário ou Tumba do Grande Sacerdote



Trata-se de uma pirâmide de sete níveis,
com cerca de 9 metros de altura e uma
escadaria em cada um dos quatro lados.

A sua construção arquitetónica, resulta da
combinação dos estilos Puuc e Tolteca.

As balaustradas das escadas, estão decorados
com serpentes emplumadas entrelaçadas.

Os pilares próximos desta estrutura, são em
forma de serpente emplumada tolteca e
figuras humanas.






Continuando a visita por a zona arqueológica, eis que nos surge pela frente, 




Templo de Kukulcán

Construído pelos maias Itzáes, no século XII d.C.

Dedicado à divindade maia Kukulcán  ("serpente emplumada" - versão maia do deus asteca Quetzalcóatl),
ergue-se no centro da Grande Praça, esta pirâmide de base quadrada com 30 m de altura e 55,3 m de lado.
Constituída por nove níveis, terminando o topo num patamar com um templo.
Em cada um dos lados da pirâmide, existe uma escadaria central com 91 degraus.



Templo de Kukulcán (fachada NNE)

Os Maias, tinham grandes conhecimentos de matemática, geometria, astronomia e acústica.

A arquitetura e construção deste templo, são uma fusão perfeita desses conhecimentos.

A título de exemplo:
  • Se tivermos em atenção, que existem 4 escadarias com 91 degraus cada, teremos no total 364 degraus. Somando mais um degrau, correspondente ao patamar do templo, atingimos os 365 degraus,  correspondentes aos 365 dias do calendário maia Haab;
  • Durante um período de cinco dias, nas datas mais próximas dos equinócios de verão (Março) e outono (Setembro), a partir das 15 horas, o sol ao incidir na balaustrada Ocidental da escadaria principal, causa um efeito de luzes e sombras, imitando o corpo de uma serpente rastejando desde o topo da pirâmide até se unir à cabeça da serpente emplumada Kuculcán, esculpida em pedra na base da escada. Acredita-se, que esta descida simbólica, estaria ligada a rituais agrícolas, sendo as oferendas depositadas na língua da serpente;
  • O bater de palmas na base da escadaria da fachada NNE, provocará a seguir, um som semelhante  ao canto de um pássaro sagrado Maia, chamado Quetzal. É verdade! Confirmado por nós.



Agora sim, é perfeitamente entendível, porque o "Templo de Kukulcán",
foi escolhido como uma das "Sete Novas Maravilhas do Mundo".


A fechar o lado Oriental da Grande Praça,
encontramos junto à estrutura das "Mil Colunas"o "Templo dos Guerreiros"

Templo dos Guerreiros
Construção, data do período clássico Maia.
Constituída por quatro plataformas quadrangulares, rodeada a Sul e a Oeste, por 200 colunas redondas e quadradas, representativas de guerreiros Toltecas.


Localizada a cerca de 100 m a Norte da pirâmide, temos a

Plataforma de Vénus
Estrutura quadrangular, de 25 metros de lado por 4 metros de altura e escadas em cada um dos lados.
Assim chamada, devido às estrelas gravadas nas esquinas, interpretadas como sendo o planeta Vénus.
O topo das balaustradas das escadas, são rematadas com cabeças de serpentes emplumadas Kukulcán.


Plataforma das Águias e Jaguares
Situada entre as "Plataformas de Vénus" e dos "Crânios", de base quadrada, com escadas nos quatros lados e balaustradas encimadas por cabeças de serpentes emplumadas, Kukulcán.
A realçar, os painéis dos muros, decorados com águias e jaguares devorando corações humanos.
Estas cenas, representam os "Guerreiros Águias" e "Guerreiros Jaguares"responsáveis ​​pela captura de vítimas, para sacrifício aos deuses.


Caminhando para Oeste, na direção do campo do "Jogo de Pelota", encontramos:

Plataforma dos Crânios
Trata-se de uma plataforma baixa, estilo Maya-Tolteca, coberta lateralmente com filas de crânios esculpidos.
Estão também esculpidas, cenas de sacrifício humano, com águias comendo corações humanos.
Aqui, eram exibidas as cabeças sangrentas das vítimas dos sacrifícios, bem como, de jogadores do famoso jogo maia, o "Jogo de Pelota".


Templo dos Jaguares



Anexado, ao muro Este do campo de
"Jogo de Pelota", subdividido em dois pisos:

  • A parte superior, com a entrada virada para o campo de jogo e vigiada por duas grossas colunas esculpidas com a serpente emplumada, Kukulcán
  • A parte inferior, com a entrada voltada para as costas do campo, tem no seu interior o trono do Jaguar.



Agora sim, chegamos ao "Conjunto de Jogo de Pelota"


Campo do Jogo de Pelota

O conjunto, com 168 metros de comprimento por 70 metros de largura. tem a forma de um " Ⅰ ", sendo limitado nas extremidades norte e sul, por templos. 

O corredor central, onde se desenrolava o jogo propriamente dito, tem 136 metros de comprimento por 
36 metros de largura, sendo flanqueado a Este e Oeste por duas paredes verticais, paralelas, com 96 metros de comprido por 12 metros de altura e aros (onde a bola tinha de passar) esculpidos com serpentes entrelaçadas no centro de cada parede.

Este é o principal e maior campo de jogo de bola, de toda a Mesoamérica


Templo do Norte ou Templo do Homem de Barba

➤ Na extremidade Norte, existe
este pequeno templo,
com acesso através de
um pórtico suportado
por dois pilares.

A designação de
"Homem de Barba" 
vem da representação de
um personagem de barba.



Muro Este do Campo do Jogo de Bola
no topo do muro, vemos o 
Templo Superior dos Jaguares

Templo do Sul






Na extremidade Sul,
há um templo muito maior,
mas em ruínas ➤













Os muros de ambos os lados do campo,
estão decoradas com baixos-relevos,
que explicam o significado do jogo e
estabelecem uma relação próxima,
com outros povos da costa do
Golfo do México.










Para terminarmos a nossa visita,
fomos à procura do "Cenote Sagrado"


Para lá chegarmos, voltámos à
"Plataforma de Vénus"a partir de aqui,
percorremos na direção Norte,
um caminho com cerca de 270 metros.


Mais um caminho, repleto de
vendedores ambulantes.
Tal é possível, graças a um acordo com
o município, que permite aos vendedores
aceder ao recinto, para venda do seu artesanato.



Cenote Sagrado

"Chichén Itzá", significa em linguagem maia, na "Boca do Poço dos Itzaes.
O seu nome, resulta da existência deste grande "Cenote Sagrado".

De forma oval, com 50 metros de diâmetro Norte-Sul e 60 metros de Este-Oestesituado a cerca de 27 metros abaixo do nível do solo, este cenote foi de grande importância social e religiosa para os Maias, que para ali atiravam sacrifícios humanos e oferendas materiais.
Inicialmente as oferendas foram joias e objetos, passando rapidamente também a sacrifícios humanos.


Carregado de história, cultura, beleza,
"Chichén Itzá"
é dos lugares mais incríveis do Mundo Maia.
Sem dúvida nenhuma, VISITA OBRIGATÓRIA!



Feita a visita, regressamos ao The Lodge at Chichén Itzá para almoçar. 





















Todo o enquadramento do Lodge,
bem como as infraestruturas,
são muito agradáveis e bonitas.

Almoçamos num restaurante estilo buffet,
acompanhado por algumas danças,
do folclore mexicano.






Almoçados, energias repostas, retomamos o nosso


 percorrendo os 4 km que distam do cenote Ik Kil.


O calor fazia-se sentir...
nada melhor que irmos refrescar um pouco nas águas de um cenote. 

O que são cenotes?


⟹ A palavra cenote, originária da palavra maia "dzonoot", significa "olho de água";
⟹ São cavidades naturais de água doce e limpa de rios subterrâneos. Formados à
milhares de anos, resultaram do desabamento do leito rochoso calcário no lençol freático;
             ⟹ Alguns são a céu aberto, outros parcial ou totalmente escondidos por cavernas;
             ⟹ Os cenotes, autênticos depósitos de água potável, foram o motivo, por a qual grandes
             cidades maias se formaram em seu redor.





O cenote, está localizado num
complexo constituído por
um hotel, restaurante e bar.

Passada a portaria,
percorremos o acesso de
ligação ao amplo parque
de estacionamento,
onde deixamos o carro.




Seguidamente, fomos à bilheteira,
trocar os vouchers adquiridos, pelos ingressos oficiais.

Loja de Souvenirs ⭐ Entrada do Cenote ⭐ Zona de Aluguer de Cacifos



Dentro do recinto,
dirigimo-nos aos vestiários, para trocarmos de roupa.


⟹ Ainda respeitante à roupa, imprescindível levar:
                  ⬩ fato de banho;
                  ⬩ toalha, pois não há para alugar no recinto;
                  ⬩ "aquashoes", dão jeito neste tipo de ambientes.
             ⟹ Uma capa de proteção de água para smartphone.
             ⟹ Os restantes pertences ficaram num cacifo,
             que alugámos por 30 MXN.

Obrigatório tomar um duche,
antes de descer ao cenote. Foi o que fizemos 


Túnel de acesso ao cenote




Para ultrapassar os 26 metros de altura,
que nos separam do cenote,
temos de descer uma escadaria em pedra,
através dum túnel esculpido na própria rocha.

Ter em atenção, às cordas de segurança existentes em
cada um dos lados da escada, permitindo que nos seguremos,
pois os degraus são um pouco escorregadios.

Ao longo da descida/subida, encontramos dois miradouros
em níveis diferentes, que permitem usufruirmos duma vista panorâmica deste maravilhoso cenote.

Ik Kil é um cenote a céu aberto,
de forma arredondada, com cerca de 60 metros de
diâmetro, atingindo os 40 metros de profundidade.

⟹ Os Maias, consideravam sagradas, as águas deste cenote;
⟹ Aqui, realizavam sacrifícios em honra do seu deus da chuva, Chaac;
⟹ Os arqueólogos e espeleólogos, encontraram no fundo das águas, ossos e joias.


Cenote Ik Kil (vista miradouro)
Cenote Ik Kil (vista miradouro)
Na margem do cenote, a entrada na água faz-se por duas escadas de madeira.

Para os mais afoitos, que queiram mergulhar de salto para o cenote,
existe num plano mais elevado, uma plataforma com escadaria própria de acesso.

Plataforma de saltos para o cenote (à esquerda) Escadas para entrar no cenote (à direita)

⟹ Existe uma corda grossa de segurança, estendida diametralmente,
de forma a que os banhistas se possam agarrar, para poderem descansar um pouco;
⟹ Há ainda a possibilidade de aluguer de coletes-salva vidas, por 30 MXN;
⟹ O local, é vigiado por um Nadador Salvador.
















Enquanto estávamos aqui a usufruir e a contemplar este grandioso e maravilhoso cenote Ik Kil,
veio-me à memória, o grande salto em grupo, aqui realizado pelos melhores saltadores do
circuito mundial Red Bull Cliff Diving de 2014. Espetacular!





Depois desta visita refrescante e maravilhosa,
voltámos à estrada e retomámos o nosso


 em direção a Valladolid 

Aqui fizemos uma paragem, não só para desentorpecer as pernas,
como para apreciar esta pequena cidade de arquitetura colonial, datada de 1543.

O Zócalo, ou seja, a praça central, de nome Parque Francisco Canton Rosado,
com um jardim muito bonito é o ponto de reunião da cidade, rodeada de lojas de artesanato e restaurantes.

Parque Francisco Canton Rosado Fonte de La Mestiza (ao fundo)


À frente da praça, situa-se um dos lugares mais visitados,
a "Igreja de San Servacio",
construída aquando da fundação da cidade, em 1543. 

Igreja de San Servacio

A tarde já ia longa e porque ainda tínhamos cerca de 150 km a percorrer,
deixamos esta típica colorida cidade de Valladolid, em direção ao hotel.


Mais um dia bem passado, longo e repleto de boas sensações.

Amanhã, será certamente bem diferente...
ou não fossemos nós, visitar um dos centros turísticos mais importantes do México.

Até amanhã,  Cancún  !

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