4º Dia

Quarta, 20/06/2018


Tulum e Cobá

Tomado o pequeno almoço, fizemo-nos à estrada, em direção a Tulum.


 ItinerárioTulum ◈ Cobá 

Para tal, seguimos o nosso

              Trajetos de passeios

conforme já referido, 
no "post" do dia anterior.

Chegados a Tulum
procurámos estacionar o 
carro perto do acesso à 
"Zona Arqueológica de Tulum".

A estrada de acesso à 
entrada/bilheteira das 
ruínas arqueológicas, 
com cerca de 750 metros, 
só pode ser feita a pé ou 
num pequeno comboio,
"El Trenecito".



⟹ o valor do Parking foi de 100 MXN;
⟹ se a opção fosse a de apanhar o "El Trenecito", o valor era de 2MXN/pessoa, ida e volta 
      (Nota: em Setembro este valor passou para 54 MXN);
⟹ as visitas ocorrem todos os dias, das 08 h às 17 h, com a última entrada permitida às 16h30;
            ⟹ o ingresso na "Zona Arqueológica de Tulum"  é de 70 MXN por pessoa;
               ⟹ caso contratasse os serviços de um guia, o ingresso de entrada já estaria incluído,
                evitando assim a fila da bilheteira.


As ruínas da cidade amuralhada de Tulum, datam do período maia
pré-colombiano e estão inseridas no "Parque Nacional de Tulum".

Construída sobre falésias, junto ao Mar do Caribe,
beneficiando de uma localização privilegiada,
era um santuário e um importante porto,
para o comércio das cidades da região.


⟹ Noutros tempos, os maias designavam esta cidade por Zamá, que significava cidade da aurora;
Tulum, significa em maia, parede ou muro, uma clara referência à muralha protetora. 


Plano de Tulum

O Sistema de controle e defesa desta
cidade portuária, era assegurado:
✦ a norte, sul e oeste, por a muralha com 2 torres de vigia e 4 estreitas entradas;
✦ a este, ficava o Mar do Caribe, com   o acesso marítimo: a Caleta (enseada).

O objetivo, era a proteção e
separação das classes sociais.

Nesta parte amuralhada,
composta por cerca de 50 edifícios
(governamentais, religiosos, residenciais),
vivia apenas a elite da sociedade.

Toda a restante população,
residia fora das muralhas.






Grande Muralha,
uma sólida parede de pedras,
encaixadas umas nas outras,
com 6 metros de largura e
4 metros de altura.




A nossa visita ao local,
inicia-se atravessando uma
das entradas da muralha ➤













Ao longo do que foi a
rua principal de Tulum,
encontramos exemplos,
bem representativos da
arquitetura residencial:
Casa do Noroeste
Casa do Halach Uinic

"Halach Uinic"em linguagem maia, é o nome atribuído ao
governante supremo, de uma cidade-estado Maia.


Casa das Colunas (ou Grande Palácio)

Esta casa, encontra-se implantada sobre uma única plataforma em formato de "L".


Mais à frente, um dos mais importantes testemunhos da pintura mural maia pré-hispânica,
"Templo dos Frescos".

Edifício de dois pisos, em que o inferior é constituído por dois templos, um dentro do outro.
A fachada do templo interior, decorada com pinturas que retratam seres sobrenaturais,
residentes no Inframundo e a exterior com figuras de estuque em relevo.

O piso superior do templo, mais simples, está decorada com impressões de mãos a vermelho.

Templo dos Frescos

Abrigando-nos um pouco do calor..


Dentro desta zona protegida por a Grande Muralha, encontramos um segundo recinto amuralhado
de 50 metros de comprido por 30 metros de largura, o coração e o centro religioso de Tulum.

No seu interior, temos o mais importante e imponente edifício: 



O Castelo
  • A fachada, era pintada de cores vivas e decorada com esculturas;   aos cantos, tinha duas grandes  máscaras em estuque.
  • No piso térreo, de ambos os lados das escadas, existem dois pequenos templos, em cujos altares se depositavam as oferendas.
  • No templo superior, realizavam-se as principais cerimónias religiosas. 


⟹ O "Castelo", além das funções religiosas e cerimoniais,
servia de farol aos navegadores, para que avistassem terra,
através de tochas colocadas na parte superior do edifício, durante a noite.

O recinto interior dominado por o Castelo

O Castelo (frente esquerda)

O Castelo (frente direita)

O Castelo (traseira)

Seguimos pelo acesso Sueste da falésia,
desfrutando uma paisagem maravilhosa, junto ao Mar do Caribe:

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No dia da nossa visita, o tempo estava quente e nublado.
Tulum, foi onde vimos as areias da praia com muitas algas escuras (sargaço);
fenómeno, que têm vindo a ocorrer ultimamente nesta zona do Caribe.
O mar, apresentava-se um pouco revolto e escuro, muito diferente
do azul turquesa, que costumamos ver nas fotos desta região.
Para Nós, tal nunca foi motivo, que impedisse desfrutarmos desta bela Riviera Maya.
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Escadas em madeiras de acesso à praia.
Ao fundo esquerda, o
Castelo.

A vista de um miradouro.

Templo do Mar



Situado na ponta Sueste,
com uma divisão única,
tem a fachada e o
acesso virados para o mar.

No interior, existe um
pequeno altar ➤










Ainda na falésia, sempre junto ao mar, agora na direção Nordeste,
continuamos a admirar o cenário com o Mar do Caribe como fundo:

"Caleta de Tulum".
Ao fundo direita, o Castelo.

⟹ A "Caleta", é uma pequena praia/enseada, que se acredita
ter sido o porto para as canoas comerciais, usadas pelos Maias.


Mar do Caribe.
Por trás o Templo do Vento.

Ao fundo o Templo do Vento






➤ Construído sobre uma plataforma circular,
relacionado com Kukulcán,
senhor do vento.

Dispõe de uma única divisão e
no interior restos de um altar.
A fachada e o acesso,
estão virados a norte.


Não quero acabar este "post", sem deixar de me referir às residentes do parque.
Há de vários espécies e tamanhos, aparecem por todo a parte a apanhar o seu sol e
sempre prontas a pousar para uma foto.
Estou a falar das Iguanas. Não tenham medo, pois não fazem mal!




Feita a visita, saímos deste local impressionante, tanto a nível cultural, como histórico e beleza natural.
Recomendo vivamente. A NÃO PERDER!


De regresso, junto ao estacionamento, existe uma praça com pequeno centro comercial com lojas
de conveniência, onde nos refrescámos comendo uma fresca e saborosa manga, cortada na hora e
vimos uma vez mais, uma exibição dos Voadores de Papantla:




De novo na estrada, e continuando o nosso

  Trajetos dos passeios

 partimos então em direção a Cobá.


Chegados e porque já estávamos no período da tarde, decidimos almoçar  depois da visita ao parque.
Assim, fomos diretos ao estacionamento, um largo de terra batida, com estabelecimentos
dedicados ao artesanato e alimentação, perto da entrada da "Zona Arqueológica de Cobá".

⟹ o valor do estacionamento foi de 5MXN;
⟹ as visitas ocorrem todos os dias, das 08 h às 17 h, com um último acesso às 16h30;
⟹ o ingresso na "Zona Arqueológica de Cobá" é de 70 MXN por pessoa;
⟹ caso fosse nossa opção, haveria sempre a possibilidade de se contratar os serviços de um guia.

Plano de Cobá

✦ Localizada entre lagoas e rodeada por uma densa vegetação, a cerca de 50 km a oeste da costa do Caribe, as ruínas de Cobá são representativas de uma grande cidade maia, do período pré-colombiano.

✦ O seu desenvolvimento ocorreu entre 300 e 1000 D.C., chegando a exercer o controlo económico da Península de Yucatán, sendo o centro da maior rede de extensos caminhos de pedra (sacbé), que ligavam localidades e lugares de peregrinação.

✦ As construções, estão agrupadas em quatro Grupos:
  • Cobá;
  • D;
  • Nohoch Mul;
  • Macanxoc.

Transposta a entrada, iniciado o "caminho de visita",
bem perto encontramos as ruínas do
Grupo Cobá,
pelo qual começámos a nossa visita.

Neste grupo de 53 edifícios, dos mais antigos no local,
localizados entre os lagos Cobá e Macanxoc, destacam-se:

A "Igreja" - Virada para o lago de Cobá, com uma base formada por nove corpos de cantos arredondados e
com os seus 24 metros de altura, é o segundo edifício mais alto do local.

A Igreja

Estela 11 (marco)




➤ Em frente à escada da "Igreja", temos
fragmento superior de uma
Estela (marco de pedra),
rodeada por um pequeno altar.

Os símbolos inscritos,
estão praticamente apagados...

Os habitantes locais, veneram este marco,
vendo nela, uma virgem a que chamam 
Colebí,
a quem oram e acendem velas,
pedindo boas colheitas e sorte na caça.








A sul da "Igreja", ao redor de um pátio elevado, existem um conjunto de construções, com entradas
por lados opostos e separadas por um muro central, na qual se apoiavam as abóbadas que as cobriam.
De todas, destaca-se a "Estrutura 4"

Estrutura 4
Outra construção a destacar, é o campo do "Jogo de Pelota",
uma estrutura, que vemos em várias zonas arqueológicas maias.

Campo do Jogo de Pelota





Retornados ao "caminho de visita", encontrámos
um espaço com uma bilheteira e uma 
grande concentração de bicicletas e triciclos






Percebemos, que teríamos de tomar uma decisão: 
como fazer o percurso até ao
Grupo Nohoch Mul,
pois estamos a falar, de cerca de 2 km em cada sentido. 


Assim, temos três opções:
  1. Fazer uma caminhada, que apesar de usufruir da sombra proporcionada pela densa vegetação da selva, também não deixa de ser bastante quente;
  2. Alugar uma bicicleta;
  3. Contratar um triciclo com condutor (o "condutor" pedala e os visitantes vão sentados à frente).


Esta foi a nossa opção:

O nosso Triciclo


⟹ o valor do aluguer da bicicleta por hora, era de 35 MXN;
⟹ contratar um triciclo com condutor, ficou em 125 MXN;
⟹ o regresso do percurso, é assegurado pelo mesmo condutor;
⟹ o pagamento, foi efetuado diretamente na bilheteira, à chegada do percurso.



Apanhado o nosso triciclo,



fomos desfrutando do percurso, deveras relaxante e agradável


Durante o trajeto, tivemos oportunidade de
observar algumas das ruínas, pertencentes ao
Grupo D:

Estrutura 5 - Grupo D

Xaibé - Grupo D


E eis-nos, finalmente, chegados às ruínas do
Grupo Nohoch Mul
Pela frente, o ex-libris desta "Zona Arqueológica":

A pirâmide de Nohoch Mul


Com os seus 42 m de altura e 120 degraus até ao topo,
a pirâmide de 
 "Nohoc  Mul",
é a mais alta da
Península de Yucatán 



Constituída por sete corpos de cantos arredondados,
com uma escadaria central, de acesso a uma plataforma onde está erigido o
"Templo Superior",
com uma escultura ao
Deus Descendente.



Aqui, ainda é
permitido escalar.
Por essa razão, existe ao longo da zona mediana da escadaria, uma corda de segurança, onde os visitantes se podem agarrar durante a subida e descida da mesma.
Os degraus, não são todos do mesmo tamanho, estão desgastados, o que dificulta
a pretensão de escalar.





Nós SUBIMOS, ou não fosse esta, uma das razões pela qual viemos aqui.
Em boa hora o fizemos pois, a vista do topo é deslumbrante.
A exuberante paisagem da selva aos nossos pés, é uma sensação inesquecível.
É um quadro visual, que nunca esqueceremos!


⟹ não arrisquem a escalada, caso não se sintam preparados para o fazer;
⟹ a descida é bem mais complicada que a subida;
⟹ se necessário, sentar e descer sempre agarrado à corda de segurança.







Após esta experiência inesquecível e regressados ao ponto de partida, saímos da "Zona Arqueológica".
Como a fome já era alguma, devido ao adiantado da hora, fomos procurar um restaurante, em Cobá.
Decidimos por um de comida tipicamente mexicana, o "El Paso".

Restaurante "El Paso"


⟹ Comida caseira mexicana, bem confecionada, com ingredientes saborosos e frescos;
⟹ O guacamole, estava muito bom;
⟹ Fomos bem atendidos pelo patrão/empregado;
⟹ Preços muito acessíveis. Recomendo!




Após esta bela refeição, deixámos Cobá, iniciando a nossa viagem de regresso ao hotel.

Mais uma vez, jantámos muito bem, no restaurante "La Hacienda" e depois ainda houve tempo,
para relaxar ao sabor de umas bebidas no bar "Cancún" ...

Outro dia muito bem passado.
Amanhã, espera-nos outro dia em cheio e bem longo...
então...

Até amanhã,  Chichén Itzá ◈ Ik Kil ◈ Valladolid  !

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